Diabetes é o aumento da glicose (“açúcar”) no sangue, causado pelo metabolismo anormal de carboidratos. Dentre os tipos mais comuns temos:
Diabetes Tipo 1:
O diabetes tipo 1 é caracterizado pela destruição autoimune das células pancreáticas, levando à deficiência absoluta de insulina. É responsável por aproximadamente 5 a 10 por cento do diabetes dos adultos, tendo seu diagnóstico iniciado na infância ou no adulto jovem na maioria das vezes.
O quadro agudo sintomático (cetoacidose diabética) pode ser a apresentação inicial em aproximadamente 25% dos adultos com diabetes tipo 1 recém-diagnosticada.
Adultos com diabetes tipo 1 normalmente têm um período estimado mais longo antes do diagnóstico e são propensos a ter sintomas mais prolongados que as crianças (excesso de sede, diurese e cansaço)
Diabetes Tipo 2:
O diabetes tipo 2 é de longe o tipo mais comum de diabetes em adultos (> 90%) e é caracterizado pelo aumento da glicemia geralmente devido à perda progressiva da secreção de insulina pelo pâncreas sobreposta a um fundo de resistência à insulina, resultando em deficiência relativa de insulina. A maioria dos pacientes é assintomática na apresentação, com hiperglicemia observada na avaliação laboratorial de rotina.
LADA (diabetes autoimune latente de adultos):
Em 2 a 12 por cento dos adultos, a apresentação clínica é semelhante à do diabetes tipo 2 (início em idade avançada e inicialmente não dependente de insulina). Mas existe deficiência de insulina mediada por autoimune, desenvolvendo-se mais tarde no curso da doença a dependência de insulina.
Existem ainda outros tipos de diabetes mais raros, que geralmente requerem investigação genética.
Os sintomas clássicos do diabetes são:
Aumento do xixi (poliúria), aumento da sede (polidipsia), diurese noturna (noctúria), visão turva, cansaço excessivo e perda de peso.
Eles são mais característicos nos pacientes adultos com diabetes tipo 1 ou casos já avançados ou descompensados de diabetes tipo 2.
Como é feito o diagnóstico de diabetes?
A presença de dois testes alterados com a seguinte classificação:
- Glicemia de jejum: Acima de 125 mg / dL
- Teste oral de tolerância a glicose (TOTG com 75 gramas de glicose anidra): Acima de 199 mg / dL
- Hemoglobina glicada: Acima de 6,4%
O que é ser pré-diabético?
Um momento que antecede o diabetes, como a “glicemia batendo na trave”, mas que já pode ter lesão de órgãos alvo. Por isso merece atenção.
- Glicemia de jejum alterada: Entre 100 e 125 mg / dL
- Tolerância à glicose diminuída: Entre 140 e 199 mg / dL
- Hemoglobina glicada: A1C entre 5,7 e 6,4%
Como deve ser a alimentação do diabético?
Não existe alimento proibido na alimentação do paciente diabético.
Nenhum alimento sozinho é responsável pelo mau controle.
Obviamente o açúcar simples vai causar picos glicêmicos e deve ser evitado em uma refeição isolada ou em excesso.
Podemos reduzir a velocidade de liberação do açúcar para o sangue (e assim, os picos glicêmicos) utilizando sempre alimentos de baixo índice glicêmico: resumidamente, acrescentando fibras e/ou proteínas aos carboidratos.
Qual é o papel do endocrinologista na vida do diabético?
Acompanhar o controle glicêmico com prescrição medicamentosa, orientação de estilo de vida, investigação precoce das complicações para prevenção das mesmas.
Uma dica:
No paciente definido como pré diabetes, estudos mostram que para cada 1kg de peso perdido a chance de se tornar diabético reduz em 16%.
Ao paciente já o paciente diagnosticado com diabetes, a atividade física e uma alimentação equilibrada trarão um melhor controle glicêmico, com menor quantidade de insulina ou medicação antidiabética e menores riscos de complicações, como: neuropatia diabética, retinopatia diabética, doença renal diabética e doenças cardiovasculares.